Omã de Carlos Queiroz vence Comores mas falha os quartos-de-final da Taça Árabe

Omã saiu da Taça Árabe com uma vitória que não chegou para seguir em frente, mas o balanço deixa mais perguntas do que respostas sobre o ambicioso projecto conduzido pelo português Carlos Queiroz. Com dois golos de Issam Al Sabhi a derrubarem as Comores, a equipa fechou a fase de grupos em 3.º lugar, atrás de Marrocos e Arábia Saudita. Para quem acompanha o futebol em Portugal, o desfecho tem sabor agridoce: há qualidade no banco, resultados insuficientes no papel e um calendário de qualificação para o Mundial que já espreita na próxima curva.
Porque é que este jogo interessa em Portugal
Portugal exporta treinadores de topo há décadas, mas poucos geram tanta expectativa no mundo árabe como Queiroz, antigo seleccionador dos sub-20 lusos, da África do Sul, do Irão e da Colômbia. A federação de Omã recrutou-o em julho, num contrato até julho de 2026, com o Mundial como meta. Para os adeptos portugueses, a campanha na Taça Árabe serve de barómetro da influência que um técnico luso consegue exercer longe da Europa.
O que aconteceu no Catar
A 8 de dezembro, no Estádio Al Thumama, Omã precisava de vencer e, ao mesmo tempo, torcer por um desaire saudita contra Marrocos. Cumpriu a primeira parte: 2-1 graças a dois movimentos de finalização de Al Sabhi (30’ e 43’). O avançado explorou falhas repetidas na defesa comorense, alimentado por cruzamentos tensos de Jameel Al-Yahmadi. Só que o golo de Nasuir Dine Ali Hamidou aos 68’ e, sobretudo, o triunfo marroquino no jogo paralelo, fecharam a porta dos quartos-de-final. Omã somou 4 pontos, superou as Comores (0) mas ficou atrás de Marrocos (7) e Arábia Saudita (6).
O plano táctico de Queiroz
O português apostou num 4-3-3 móvel, com a dupla Harib Al-Saadi e Mohsin Al-Khaldi a pulverizar passes verticais e a pressionar alto logo na saída de bola adversária. A reacção rápida à perda foi visível nos 25 desarmes contabilizados pela estatística oficial. Ainda assim, a equipa revelou os velhos problemas: pouca eficácia nas oportunidades criadas – apenas 6 remates enquadrados em 3 jogos – e dificuldades em proteger a vantagem depois do intervalo.
Lições de uma eliminação precoce
Eficiência ofensiva: Omã produz posses longas mas converte pouco;
Gestão de vantagem: sofreu golos nos segundos 45’ em 2 dos 3 encontros;
Falta de profundidade: lesões de Arshad Al-Alawi e Fawaz Al-Shahri expuseram a curta rotação;
Dependência de Al Sabhi: marcou 100 % dos golos da equipa na prova.
Vozes de Muscat e Lisboa
Jornais omanitas, como o Times of Oman, titulam “orgulho intacto”, enaltecendo o “espírito de luta”. Do lado português, o antigo seleccionador nacional António Oliveira sublinha na Rádio Renascença que “há sinais positivos, mas a margem de erro ficou zero”. Analistas locais, caso de Hilal bin Hamad Al Mukhaini, elogiam o currículo de Queiroz mas alertam que “o salto qualitativo exige tempo que a agenda internacional não oferece”.
Próximos capítulos: qualificação mundialista
As atenções mudam-se para outubro de 2026, quando Omã reabre a corrida ao Mundial. O grupo preliminar inclui Japão, Síria e Malásia, adversários que obrigam a refinar o dispositivo defensivo. A federação ainda não se pronunciou sobre possíveis extensões contratuais, mas fontes internas admitem que os resultados até março serão decisivos para a continuidade do técnico luso.
Números para guardar
• 2-1: resultado frente às Comores que fechou a fase de grupos
• 4 pontos: registo final de Omã (1 vitória, 1 empate, 1 derrota)
• 30’ & 43’: minutos dos golos de Al Sabhi
• 25 desarmes: parâmetro defensivo que evidenciou a pressão alta
• 6 remates enquadrados em 3 jogos – a rubrica a melhorar
O que fica para Portugal
Para os amantes de futebol português, a Taça Árabe foi um lembrete de que o know-how nacional mantém procura no Golfo, mas também de que o sucesso depende de adaptações rápidas a calendários intensos e elencos heterogéneos. Carlos Queiroz ganhou o respeito do balneário, porém precisa transformar esse bom-ambiente em vitórias que contem para o apuramento mundialista. Até lá, a comunidade portuguesa no Médio Oriente permanece atenta – e esperançada – em mais um capítulo de sucesso made in Portugal.

Follow Portuguese coach Carlos Queiroz as he guides Oman through decisive Asian qualifiers for a first-ever 2026 World Cup spot. Stay updated.

CD Nacional’s 2-0 victory over Rebordelo propels the Madeirans into the Portuguese Cup’s 4th round, unlocking vital prize money—see who they could draw next.

Portugal basketball reaches EuroBasket last 16 after edging Estonia 68-65. Find bars, TV and streams to watch Saturday’s showdown with Germany.

Portugal’s volleyball team stuns Cuba, boosting World Championship hopes. Watch Monday’s USA match live online.

Stoppage-time strike gives Portugal 1-0 win over Ireland in Lisbon; Seleção now one victory in Dublin from sealing direct 2026 World Cup spot—read full analysis.

Calf knock rules Gonçalo Inácio out, Hungary snatch late draw and Portugal’s 2026 World Cup cushion shrinks. See why depth now matters for the Seleção.

Sporting Lisbon’s 2-1 Champions League comeback over Marseille eases slump fears and lifts Portugal’s hopes—what it means for league and Europe.

Brazil Cup second legs put Abel Ferreira and Leonardo Jardim at risk of early exit—see why these results could reshape Portugal's coaching reputation.